quarta-feira, 25 de março de 2009

Ética, moral e relativismo

Semana passada, na faculdade, tivemos aula sobre ética, moral e relativismo coisa que deu um novo olhar para tudo a nossa volta.
Como é complicado essa três coisas. Ética e moral varia muito de pessoa pra pessoa. Que seja o cara mais bem letrado da face dessa terra, no entanto, não diz nada se a base dele, a suas raízes, não forem satisfatoria, de nada serve um diploma, pois só é demonstrada essa tal ética, essa tal de moral quando há relacionamento humano, quando se há troca de convívio.
Exemplo disto foi um fato que ocorreu com minha pessoa, euzinha mesmo:
Eu trabalhei num hospital da rede privada no interior de São Paulo durante cinco anos. Lá eu desenvolvia estatística de toda a rotina hospitalar. Contabilizava todas as internações, causas e procedimentos, doenças e os óbitos, e no final de cada mês entregava isso conferido para Secretaria da Saúde que repassava ao órgão federal. Para que todo esse trabalho fosse correto e idôneo, precisava que todos os médicos, enfermeiras fizessem sua parte com exatidão em detalhes no preenchimento dos prontuários, infelizmente isso raramente ocorria. e acarretava retrabalho para mim que tinha que sair a caça dos respectivos profissionais, porque não podia apresentar para supervisão os documentos incompletos.
Pois bem, tinha um médico que era o mais problemático de todos, nunca ele preenchia os prontuários corretamente o que resultava numa corrida de gato e rato pelo hospital.
Sendo assim eu tinha ordens do diretor geral que voltasse sempre a esse médico e ele por sua vez tinha ordens para me atender sem reclamar, onde quer que ele estivesse.
Um dia, fui até a sala do tal médico e ele não estava, acabei localizando ele no Pronto Socorro de papo com as enfermeiras, fiquei aguardando a oportunidade de lhe falar, embora eu soubesse que ele tinha me visto e deliberadamente estava me ignorando, mas fiquei esperando porque era notório o mau gênio do dito cujo.
Num certo momento que ele olhou para mim aproveitei para lhe mostrar o que devia ser feito, a ira sem causa dele foi palpável. Aos berros atirou todos os papeis no chão e a pleno pulmão ele disse que estava trabalhando, que as enfermeiras estavam trabalhando, e que eu estava atrapalhando! Indignada com o tratamento absurdo resolvi sair da sala, porém mal cheguei até a porta e ele agarrou a maçaneta e gritou várias vezes para eu soltar a porta, que eu só iria sair dali quando recolhesse os “malditos” papéis do chão. Pra encurtar a história, hirta de raiva, eu recolhi os papeis e saí daquela sala direto para sala do Diretor, lá, contei o ocorrido e disse que não era a primeira vez que ele fazia pouco caso do meu trabalho e que agora ainda por cima tinha me humilhado na frente de todos.
Final da história: o médico foi advertido e não passou muito tempo ele foi demitido do hospital porque era quase que humanamente impossível trabalhar com ele pois este não tinha o mínimo respeito com quem quer que fosse.
Agora analisando friamente a questão vemos que o cara tinha cultura, era médico, e mesmo assim era um tlogodita como pessoa. Profissionalismo, tolerância, comprometimento, ética ele não sabia o que era! Eu poderia ter respondido, dito umas "verdades" naquele momento, mas de que adiantaria falar com uma pessoa tão arraigada em seu umbigo que enxergava a mim como um verme? Eu perderia a razão. No entanto, era algo que não deveria deixar passar, o meu superior que também era o dele, era a pessoa mais indicada para puní-lo pois tinha o poder para fazê-lo, e eu sabia que estava nos meus direitos e que aquele tipo de tratamento era inadmissível .
Por isso, esse negócio todo é meio complicado por que temos sim que ter ética para não invadir o espaço do outro, moralidade para fazer a coisa certa e não ofender os princípios do senso comum e relatividade que é o mesmo que tolerância embora deva ser dosada já que devemos ser cônscio dos limites para essa tolerância porque como cidadãos temos nossos direitos também e tolerância demais é resignação psicologica e isto não é bom para ninguém porque nos torna fracos e acabamos por virar marionetes na mãos dos mais "fortes".
Bem, dá o que pensar....
bjks.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Por temos que brigar por tudo?

Digo que estou cansada de brigar, não digo brigar de quebrar a cara do outro (mas bem que dá vontade), brigar pelos direitos. Eta canseira!
Caramba, você faz algo que as seu ver vai facilitar sua vida e pronto: está o problema armado.
Fiz uma renovação da Claro (dá-lhe as operadoras de telefonia) pra adiantar a vida porque ainda não tinha vencido e como estava precisando de telefones novos, fiz. Maldita hora. Mês seguinte me chega 2 contas de telefone, toca eu ligar e aguardar um tempão na linha pra depois a atendente voltar e dizer um "não sei, senhora" e dizer na maior tranquilidade que dentro de 24 horas alguém do setor entraria em contato comigo. (coisa que estou esperando até agora).
Depois, precisei de uma autorização da Unimed para um exame e quando liguei no bendito numero fiquei 35 minutos ouvindo musiquinha e a garota ainda derrubou minha ligação, liguei novamente e fiquei mais 25 minutos na musiquinha e resultado: ninguém me atendeu.Imagine
enviei um email super educado pra Unimed e obtive resposta na qual me orientavam utilizar outros canais. Surpresa: os benditos outros canais não funcionou também.
Imagine só o meu nervoso diante disso tudo e ainda por cima ouvindo o maridão dizer pra manter a calma. Grrrrrr!
Mandei novamente um email educadissimo xingando até a vó deles (me desculpe, mas é demais)ameaçei ir para Medial Saúde e pasmem eles me ligaram e em 5 minutos me passaram as 5 letrinhas fatídicas de autorização.
Agora, meus queridos, o da Lojas Marisas foi o pior de todos, eu tive que brigar para poder pagar! Vê se pode! Minha sogra foi lá com a fatura e o dinheiro (veja bem, dinheiro!!!) e eles não quiseram receber porque tinha que ser eu. Geennntteee!!! Vem cá, eu estou ficando velha e crica ou esse nosso país está uma droga mesmo, onde direitos nossos são apenas meros detalhes no papel, pois é, tive que pagar juros porque a fulaninha da loja não estava afim de trabalhar. Tenha santa paciência!
Por isso e outras fico cansada. Quando falam "que que isso aqui?" com alguma fatura na mão eu quero me atirar pela janela, porque sei o ritual que vai rolar. Infindáveis minutos no telefone, pra depois ouvir um incompetente dizer "senhora" pra cá, "senhora" pra lá e achar que não tenho nada pra fazer. Pô! É meu direito, e porque me fazem sentir que estou enchendo o saco? Para acrescentar ou alterar sua conta, o que seja, eles não tem burocracia, mas pra vc conseguir desfazer o que eles fizeram, é um parto, além do que vc tem aturar os imbecis que colocam pra cuidar do seu caso.
Desculpe-me meus amigos, mas estou indignada e frustrada por me sentir incapaz diante do sistema. Quem pode cuidar de mim? De vocês?
É, acho que vamos continuar brigando por tudo.
beijinhos.