sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Minha infância

     No meu tempo de criança viver era simples, a tecnologia era uma coisa do futuro e estávamos felizes com a televisão preto e branco com tela de acrilico cor de rosa, e mais ainda com o nosso video game de imagens garrafais.
    Não existia leite longa vida, nem garrafa pet para emporcalhar o meio ambiente e carro só saía de casa aos finais de semana, e isso era para quem os tinha, claro.
    Macarronada era luxo de domingo juntamente com o refrigerante coca ou fanta em garrafas de vidro e a maioria das casas tinham hortas no quintal com verduras fresquinhas, totalmente naturais, hoje conhecida como orgânicas.
    Ir ao supermercado era um passeio, lá íamos arrumados e perfumados, fazer compras as quais eram entregues em casa em caixas plásticas coloridas e retornáveis, caso não se optasse pela entrega a compra era toda embalada em sacos de papel pardo.
    Ainda no primário íamos sozinhos para a escola e a maior preocupação da nossa mãe era que topássemos com vacas soltas ou cachorros bravos pelo caminho.
    As escolas do governo tinha diretoria temida e admirada por todos e os professores tinham autonomia para fazer o que quisesse em prol do ensino, eram todos respeitados como autoridades em sala de aula e também pelos pais de alunos. O ensino era coisa séria e se não sabia não "passava" de série, tinha que saber ler na primeira série. Os professores tinham status na sociedade.
   Brincar era outra coisa feita despreocupadamente e o nosso playground era a rua, o nosso parque de diversões a céu aberto. Era ali que resolvíamos o problema do sumiço das bolinhas, ganhávamos no bafo e arrebentávamos o dedão do pé brincando de pique bandeirinha ou tacobol.
   Tudo era inocente, simples e bom mas, o tempo passou e veio a tecnologia e com ela a oclusão, a violência, os cadeados nas portas e janelas, as escolas pagas com período integral; o ensino do governo se deteriorou e muitas vezes é o revólver que ditas as notas e aprovação; a junventude se perdeu nas dorgas e as crianças a infância e com ela a inocência.
    As brincadeiras despreocupadas  deram espaço para a competição acirrada, o exibicionismo, o brinquedo tecnológico de último tipo.
    O planeta agora está entupido de garrafas pet, sacolas plásticas descartada em locais impróprios acabando com a vida nos rios, sufocando o mundo com suas toxinas.
    Os carros agora estão todos nas ruas todos os dias, e a pressa e correria dita o ritmo da nossa vida. Ninguém mais tem privacidade na vida, privacidade esta escancaradas e muitas vezes desvastadas nas mídias e redes sociais. Todos agora são encontrado no celular sempre ao alcance das mãos, a tecnologia unindo e afastando ao mesmo tempo, algo ambíguo mas implacável dando margem para doenças mental e emocional que se propagam devido a ausência do contato humano.
     Dia após dia somos cada vez mais refém das máquinas, das coisas prontas, dos rótulos, do agora. Comida caseira está em extinção depois que inventaram o delivery, come-se mal porque ninguem tem tempo e nem paciência para nada. Nas livrarias as prateleiras se enchem de literatura de ajuda duvidosa porque quem ensina nem sempre pratica o que escreve, e cada dia estamos mais confusos, cansados e fartos de viver essa vida artificial; prova disso são as cadeias se enchendo , as pessoas tão necessitadas do material, tão afeiçoada ao imediatismo, onde quando não se tem é imprescindível obter e muitos acabam na contramão da vida social.
    Não faz muito tempo que vivi minha infância, está logo ali há um pouco mais de 2 dezenas de anos, parece até que foi há um século quando vejo a deterioração do planeta e das pessoas onde o legal é ter vantagem sempre e ser correto e leal é ser chato e careta, e isso me traz preocupação com os meus filhos que pertecem ao hoje.
   Como ensinar valores humanos, simplicidade, ternura e amor nesse caos reinante? Sei que tenho que fazer minha parte e a faço, mas vejo o reflexo dos valores invertidos quando converso com eles sobre o seu dia a dia na escola, as vezes, ele me questionam  o certo ou errado e sinto a dificuldade de desbravar conceitos que outroras, na minha infância eram errados, e hoje não o são mais. Procuro com exemplos, explicar e ensinar, porque acredito que eles poderão resgatar valores hoje tão "fora" de moda mas, no entanto, sei uma verdade: só o tempo dirá se estou fazendo um bom trabalho.




domingo, 21 de agosto de 2011

Amigo

Amizade é amor conquistado e também necessita de cuidado, tem a ver com comunhão de corações, empatia de almas. É sentimento desinteressado.
Há diversas interpretações de amizade, algumas equivocadas, porém tudo depende de como cada pessoa se relaciona com a vida, com o mundo, com o quanto ela se doa.
Nela não pode faltar a sinceridade e está aí uma grande variação o que faz com que amizade verdadeira seja rara e muito poucos consigam encontrá-la.
Amizade sincera se manifesta na hora da adversidade, não se esconde em telefonemas diários ou em encontros aos finais de semana, é aquela que suporta a fraqueza do outro, é ouvir quando não se tem nada a dizer, é dar apoio, é valorizar o outro, é ser amigo não importa em que situação, é dar sem querer nada em troca e ter prazer com isso.
Tem aqueles que não permite perder a razão ou que o outro tenha opinião, está sempre competindo, sempre na defesa e deixa de ser amigo ao primeiro sinal de divergência.  Espera sempre 100% das pessoas se esquecendo que ele também nunca será 100%.
Para se ter amigos,  é necessário aceitar as pessoas como elas são e toda a bagagem que vem junto, confiar, respeitar, lembrando que virá algumas decepções porque isso faz parte da vida humana, é o que faz todo relacionamento ser rico, no entanto, ofereça sempre o seu melhor.
Uma amizade verdadeira transcede gerações e, às vezes, alcança imortalidade e se torna história.
Então se você quer vivenciar algo do tipo, permita-se, quem sabe ali do seu lado esteja um amigo para a vida toda.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Conversa de homem

      Sempre me pergunto em que planeta eu vivo quando me deparo com psicólogas que diz para dialogar com marido ou namorado . Reportagens inteiras sobre como conversar com o homem em questão, coisa que eu não consigo ou então tenho em casa um da era jurássica porque tal façanha é impossível.
     O problema será só comigo? Será que é só o meu?
     Já tentei de tudo, até as receitinhas pronta do tipo "como fazer ele falar"mas não são eficazes, o mínimo que consigo é grunhidos seguido de mutismo com direito a semanas de silêncio.
     Não tem como conversar se a outra pessoa não quer isso, conversa por aqui existe sim, na maioria das vezes um monólogo interpretado pela minha pessoa, o que é bem exasperante.
     Homem não conversa com mulher nem mesmo sobre futebol, só se ela for comentarista de esporte e isso é bem provável que se estranhem no final e termine tudo com um bate boca.
    Eu já até usei de artimanhas, preparo terreno, fico melosa, benzinho e inheínho mas, quando me esgueiro para o assunto sério ele fecha a cara e ignora, de repente qualquer coisa frívola se torna muito importante, é o sinal do "pare, to nem aí, agora não" e se você ultrapassar ele o caldo entorna de vez.
   Fico boba com isso. Será que essas entendidas que assinam essas matérias conseguem dialogar em casa? Conversam sobre tudo o que é sério e o cara depois que a ouve belo e faceiro diz: "Obrigado, querida, é conversando que a gente se entende. Precisava mesmo ouvir isso." Duvido muito!
    Olha que por aqui o cara é descolado, amigo de todos, prestativo, pai exemplar mas, nunca, nunca mesmo discuta a relação porque você vai encontrar uma muralha ali. Ah, mas ele é uma boa pessoa acontece que, este tipo de assunto, não é conversa de homem.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Bela gravidez!

Todos dizem que filho é um benção e que grávida é linda, pois eu digo que há controvérsias. Tenhos meus filhos e jamais quero  perdê-los mas dizer que todo o processo é belo, eu discordo.
Ter um filho é começar sofrer transformações no momento em que se pega o resultado positivo, a partir daí acabou-se a vida despreocupada, a fase do "pera aí que também vou", das noitadas e passeios radicais, é o final da liberdade, a sua liberdade.
Seu corpo irá mudar e muito e se o cara responsável por isso não te amar o suficiente é nessa hora que irá descobrir. A cada dia você será outra a se olhar no espelho e esta outra vai mudar e mudar até se tornar uma estranha. Um estranha com barriga enorme!
A barriga cresce e tudo em você cresce também. Os seios doem, as pernas incham, os braços pesam e dormir de bruços ou em qualquer posição no final é impossível. Não há uma roupa que fique bem em você e a sensação real é de que a qualquer momento vai explodir.
Essa explosão é um fato que te assombra, é o seu maior desejo e o seu maior medo, nunca se está preparada para o que vem a seguir. Toda vez que lembra do parto tem calafrios.
A certeza é que se entrou vai ter que sair, então se for por vias normais a dor é tanta e dilacerante que naquele momento de dar a vida se deseja a morte; se for pro via cirúrgica enquanto se está anestesiada é uma beleza, mas quando a camarada perder seu efeito você verá luzes do inferno dançarem a sua frente e vai jurar que nunca mais passará por aquilo novamente.
Nessa altura seu corpo já sabe que vai ter que alimentar outra vida e assim vem o leite, os peitos enchem, pesam e doem e quando aquela boquinha faminta vier ter com eles você vai querer desencarnar ali mesmo. E depois vem as rachaduras e fissuras nos mamilos e o ato que anunciam ser de amor para você será de pura dor. É comum chorar nestas horas, creia-me, não será a única. Neste ponto você vai perceber  o quanto 3 horas passam rápido.
Isso é só o começo porque então vem as noites mal dormidas ou nem dormidas, as famigeradas dores de barriga, as febres pelos dentes ou pelas vacinas, as muitas viroses e gargantas inflamadas, as gripes e as coisas inexplicavéis que só criança tem. Tudo isso, amiga, reflete em você, somente em você, por mais que o cara te ajude, você é a mãe e assim será para sempre amém.
Você vai perceber que tudo o que acontece com o teu rebento, de bom ou ruim, você saberá primeiro, falado, por escrito ou telepaticamente. Essa sintonia desperta no momento do nascimento, por isso não se preocupe, você será uma boa mãe.
Eu odiei tudo o que descrevi aqui, cada etapa dolorosa e quando fiquei grávida do segundo, tive mais medo ainda que do primeiro porque sabia o que me aguardava, mas é uma coisa que se esquece facilmente, afinal tudo isso é um meio para um fim: ter filhos.
Não se desespere por esse panorama desanimador pois é claro que tem suas compensações toda vez que você fica babona a cada palavra aprendida, a cada gracinha feita. Ter filhos é aprender que podemos aprender tudo novamente todos os dias, a vida toda.
A maioria de nós passa por tudo isso, mas não é regra, existem as sortudas que tem uma gravidez suave, com pouco transtornos e um parto melhor ainda. Você pode ser uma delas, lembre-se que a natureza nos fez para isso e embora se sofra, é legal ser mãe.
Para vocês grávidas e aspirantes: uma bela gravidez!

terça-feira, 17 de maio de 2011

A "condição" nossa de casa dia

Todo dia seguimos uma rotina, creio que a maioria de nós, porque temos que trabalhar, então é acordar, levantar, se arrumar e daí vem a melhor parte: pegar a condução.
É claro que ela vai estar lotada, é horário de pico, o mundo todo saindo pro trabalho no mesmo horário, fazer o quê? Proeza é tentar fazer parar um ônibus e, depois de esticar a mão dúzia de vezes um deles resolve parar e que sorte, está um pouco menos cheio, pensamos felizes ao embarcar. Depois disso é só curtir a viagem.
É nesse ponto que você descobre que não é elástica porque por mais que seu braço estique não sede um milímetro e também percebe dedos nos pés que nem sabia que existia de tão pisoteados que são, sem contar que sua bolsa ora está na frente, ora nas costas e que nestes momentos gostaria de não ter olfato nem sentidos de tanto que se é apertada, amassada, sovada e esmagada enquanto suas narinas detecta todo tipos de odores.
No momento da descida, descer é outra história. É uma infinidade de "desculpe, com licenças, pera aí motorista" que quando se coloca o pé na calçada se apalpa toda para conferir a integridade. Bem, conseguiu chegar ao trabalho inteira.
No trabalho, o corre corre de sempre: relatórios, reuniões, cafezinhos...reuniões e mais relatórios, bem que o dia podia ter mais uma horinhas. Enfim o dia termina e é hora de voltar para casa.
E  tudo se repete na condição nossa de cada dia.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dia de mãe

Dia de mãe é todo dia isso é universal. Algumas delas o começa quando o Sol nem despontou ainda, umas enfrentando condução lotada, rua entupidas de gelo, desbravando enchentes, dentro de um barco, elas, essas guerreiras, firmes, fortes, tantas chefes de família, tantas com dúzia de filhos, tantas sem condições alguma, mas estão lá prontas para lida quando o Sol desponta finalmente.
Ser mãe no passado não era fácil e nos dias de hoje complicou mais ainda porque é necessário se desdobrar, maximizar, reciclar, lavar a cara, arregaçar as mangas, sorrir e ser mãe.
Por isso, aproveito essa época, proximo desta data , e faço uma homenagem para todas as mães , de barriga ou de coração, um brinde a vossa existência, sem vocês este mundo tão vasto não seria possível.
Parabéns, nobres guerreiras, que com coração tão grande e força maior ainda nos concedeu vida, nos manteve vivos quando nos era impossível fazê-lo, nos amamentou, muitas em seios de corpos que estômagos roncavam de fome, nos ensinou a caminhar, a falar, a descobrir o certo e o errado e, nos amou, mesmo em horas mais improváveis. O que não fez foi porque estava além de ti e sua limitação não nos limitou porque receber vida é receber asas.
Hoje, agora, digo: obrigado Deus, por fazer este ser tão valioso, de abraço carinhoso e com coração tão amoroso, esse primor de vida que doa dia após dia a si mesmo generosamente.
A vocês, um feliz dia de mãe.

Fobia social.

Gostaria de dizer que é fácil viver neste mundo, morar neste planeta, mas não é.
São tantos fatores que influenciam a nossa vida que nos torna escravos das nossa próprias ações. É claro que cada atitude gera uma consequência e por isso somos muitos bons em arrumar desculpas para cada desconforto que provocamos.
Vivemos numa época estressante, andamos corridos, pressionados, sufocados nesta vida que escolhemos viver. Vemos o reflexo disso todos os dias no trânsito, nos estacionamentos dos shoppings, nas filas de espera onde a ação é valer-se da força, persuação em prol de si mesmo, evidenciando cidadanismo zero e, então, temos medo.
Hoje se fala muito em preconceito e ele existe, mas no entanto o que se vê é medo apenas.Um medo tão grande que nos paralisa diante de tudo nos cegando para o futuro. Futuro esse que será dos nossos filhos.
Tememos o desemprego, a pobreza, porque sabemos que sobreviver a isso é doloroso e não queremos essa dor, então evitamos tudo para não passar por isso, para não engrossar a lista dos pobres e assim suportamos coisas que degadram a nossa personalidade.
Ver corpos desnudos, rostos famintos, exclusão social nos apavora somos impotentes diante desse sentimento , então, fugimos.
Fugimos para a ignorância porque o que se ignora não nos afeta, nos iludimos que tudo isso é no quintal do vizinho, e achamos que não é problema nosso.
Poderíamos fazer algo para mudar esse panorama de miséria onde os bons sentimentos e índole não sobreviverão? Talvez sim, mas para isso teríamos que sair da nossa zona de conforto, sujar nosso pelo branco e praticar o "amar o próximo como a si mesmo", o problema é que o nosso altruísmo morreu junto com a nossa fuga para indiferença.
Essa indiferença nos impede de perpetuar bons sentimentos, impede de ensinarmos para as futuras gerações a valorizar a vida e não ter medo dela, a praticar sempre o que é certo, a usar o bom senso e a amar ao próximo entre outras coisas.
É nessa agonia, entre saber o que é certo e não fazer nada que vivemos com a certeza de que caminhamos para o abismo a passos largos porque temos medo do menino de rua, do catador de papel, da familia da favela, do carro velho, da roupa simples, dos pés descalços, do sorrigo banguela, da mesa vazia, da ausência do dinheiro. Somos reféns do nosso reflexo perfeito, da nossa vida de cadeados e sentinelas, da nossa perda de privacidade.
É um grande faz de conta com final macabro e a cada dia que pasa marginalizamos ainda mais aqueles que não tem vida dentro do padrão que criamos para medir uns aos outros. Então, em nossos sofás de couro, vemos estarrecidos as estatísticas dos crimes, os números dos mortos, dos presos, dos desafortunados e corremos logo fortalecer a nossa casa, blindar o nosso carro para quem sabe assim impedir que tudo isso nos atinja.
É um ciclo de medo, pânico e ódio brotando de ambos lados onde cada ato de fuga nos aproxima cada vez mais de um final grotesco e ali preconceito se mistura com fobia social.

Eu queria....

Eu queria coisa simples, nada muito elaborado mas, se tivesse algum brilho também seria bom. Podia não ser glaumoroso, nem imponente mas do conforto não abriria mão.
Um aconchego para minha carência, um refúgio para meu desespero, um lugar regado de paz. Ali receberia a luz do Sol, da Lua o seu prateado e as estrelas estariam comigo impregnando minha vida.
Assim, eu queria. Queria olhar e ver meus toques, meus mimos, minha cara, minha presença refletidos em cada lugar. O meu cheiro, minha aura, meus sonhos seriam de pronto identificados por todos como meu.
Eu queria sim, esse lugar, esse meu, esse canto que chamaria de lar.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O carro

        Carro é tão prático que foi fácil nos acostumar a ele, e agora, mesmo que o meio ambiente chore, que campanhas em prol da pedalada ou caminhada estão na mídia, que apregoem que utilizar o transporte público (caótico) é o melhor, a verdade é que abrir mão dele é um suplício, para não dizer transtorno.
        Nas cidades grandes o carro não são artigo de luxo nem capricho, ele é necessário para se ganhar tempo. Com ele o seu tempo dobra mesmo quando o trânsito não colabora e estagna sua vida, então, a desculpa do vício de andar de carro hoje é apenas a consequência da correria do dia a dia.
       Quem inventou o carro devia ser homenageado todos os dias porque, querendo ou não, é o invento mais usado e útil hoje seguido do celular. Ele só vai evoluindo.
       À cada ano eles ficam cada vez melhores, mais confortáveis, cheios de parafernálias tecnológicas, alguns deles voltados para o público femimino, focando sempre as muitas horas que passamos dentro dele.
      Embora alguns modelos tenha baixa motorização e por isso consomem menos combustíveis e outros anunciam que'"poluem"menos, eles ainda são um importante poluente do ar e responsáveis pelo efeito estufa, todo mundo sabe disso, mas usá-lo e seus benefícios ultrapassam qualquer idéia ecológica porque o ganho do tempo é a diferença de chegar mais rápido no trabalho ou em casa e sobrar mais tempo para outras coisas, e o ato de poluir fica para depois porque é o seguinte que se pensa: "mas é só o meu carro que diferença fará ao planeta".
            Diferença faz sim, mas quando se está no possante você faz a diferença e tudo que é ecologicamente correto, infelizmente, fica para depois, tanto é que quando crescemos a primeira coisa que fazemos é tirar habilitação e comprar nosso carro, pela pose, pelo status. Ensinaram que era bom, que era aceitável ter um e agora quer nos tirar o prazer, esse poder? Tudo bem, vamos dar um desconto, ele é quase um mal necessário.
      O planeta não vai esperar, teêm-se essa consciência, mas cá entre nós, o que seria de nós sem o carro!?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Como é a vida.

Há momentos em que questionamos tudo na nossa vida, em outros, nem tanto. Existe, sim, essa necessidade de saber o que virá ou relembrar o que passou, e é comum depararmos com algumas coisas que mudaríamos lá atrás se soubêssemos o produto de hoje. Acontece que não somos onisciente e nunca saberemos o que virá ou o que nossas atitudes hoje refletirá no amanhã.
Por isso somos presas fáceis do ocaso e vítimas constantes dos maus entendimentos, discussão e dissabores pela vida afora, coisa que nos faz pensar o quanto difícil é viver e o que fazer em cada situação que nos deparamos. Uma coisa certa: seja qual for a atitude que tomarmos alguém vai ficar de lado, alguém ficará insastifeitos.
Por exemplo, analisando um casal, casados ou em qualquer união estável, alguém sempre ali vai ceder mais que o outro, ou  porque o gênio de um é terrível e por isso melhor atender ao que  quer, ou porque o outro é ignorante então é melhor não contrariá-lo, e ainda tem aquelas que saíram da casa da mãe mas não larga da mesma e vice versa, o pior é quando é o homem que não larga da mãe, coisa que mulher nenhuma aguenta. E aí está o cenário perfeito para brigas, desentendimentos, rancores, ódios, intolerâncias e assim por diante e mesmo depois deste desgaste todo vier o perdão aquilo sempre reinscinde e perdão não se encontra por aí dando sopa na banca do seu João. Um dia os pacovás se enche e lá vem o fim do relacionamento, a separação das famílias e a pergunta: o que eu fiz de errado?
Nada, sua escolha foi certa, mas a condução da vida errada. Ninguém é feliz sendo preterido em prol do outro, não se consegue isso cedendo sempre, e o outro por sua vez, vira um monstro egoísta que não consegue enxergar mais as necessidades do outro, o sufocamento do outro, ele deixa de pensar a dois e passa a pensar em um, ele, claro.
Ah, mas se eu brigar vamos viver brigando sempre porque ela/ele não cede um milímetro. A questão não é brigar e sim se posicionar e, outra, cede sim, desde que voce tenha sangue frio e ature seu bico por algum tempo. O ser humano retrocede quando percebe que não pode dominar o outro. Somos como animais numa selva, vence quem é mais forte em todos os aspectos.
Mas, isso só vale para coisas realmentes importantes, não vá querer brigar porque ele não quer ir ao shopping da moda e no qual você já foi um zilhão de vezes, para começar homem odeia shoppings center.
Isso serve para os homens também, não queira obrigar sua mulher aturar futebol se ela tem horror a bolas. Tudo tem que ter equilibrio, ela/ele não lhe pertence intimamente, e por isso respeite sua individualidade, uma folga da sua presença de vez em quando faz bem.
Agora, quando o assunto é família (mãe, irmãs e afins) aí o caldo entorna, eis um assunto delicadíssimo, porque a família dele sempre vai ser a melhor e a sua a deseducada e, você aceita sua mãe dando palpite em tudo, mas se a sogra dá uma sugestão ela é uma jabiraca, resumindo, esse é um tema que nunca entrará no acordo, a menos, que você seja destas pessoas iluminadas, com um jogo de cintura maravilhoso e consiga controlar os estranhamentos entre as duas famílias que, não por culpas deles, foram unidos neste cordão invisível mas presente que é o casamento entre duas pessoas, afinal nem todos são obrigados a gostar da sua escolhas, por isso, não cobre comportamento padrão.
Agora se você é daquelas felizardas que sua mãe e sogra viajam pelo mundo juntas e tem um milhão de fotos delas espalhadas pela casa e toda vez que você fala que vai na mãe o outro fala que vai junto, parabéns, você é uma pessoa feliz, é quase única no universo.
Estranhamento entre famílias sempre existiu, vai existir, porque faz parte, porque é como é a vida.
Seja feliz!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Olá, meu povo

Eu não morri não. Confesso que quase, porque atolada nesta vida de trabalho, casa, filhos e marido , não sobrou tempo, nem esperteza, para teclar e postar palavrinhas para vocês, mas continuo escrevendo, no onibus, no metro, na fila de banco (que agora tem cadeirinha pra sentar e aguardar com senha), na sala de espera do pediatra dos meus filhos e até mesmo no banheiro. Está tudo lá, anotadinho no meu caderno, meus textos e minhas queixas e quando der (promessa) eu posto por aqui.
Eu tive um montão de coisas pra fazer por esses dias: dois casamentos seguidos um foi num cruzeiro a bordo do navio Orchestra (esplendido e a noiva, minha irmã, ficou magnifica) e outra numa casa de vidro no meio de uma mata em Cotia que também foi espetacular (esse de minha cunhada), então, visse, foi correria para mais de metro, porque o ser aqui resolveu costurar os próprios vestidos para a ocasião, só aí soma-se uns cem quilos de estresse,  porque costura e dois rebentos pequenos decididamente não combina. O marido também fez cara feia e até entendo, ficar ouvindo o barulhinho da maquina até as tantas, não é fácil, mas abrandou-se quando viu o resultado de minhas obras primas.
Bem, agora passou, tanta correria, tanto auê e noites insones, e agora restam as fotos e os coments disso ou daquilo pelos familiares milhares de vezes sobre as mesmas coisas, os mesmos detalhes.
Creio que terei um pouco mais de tempo até a semana que vem, porque pelo visto minha outra irmã se casa em abril e vamos começar tudo novamente. Já disse que vou mudar de ramo, vou passar a ser promotora de evento, porque a moça aqui acaba fazendo coisa e mundo pra todos os envolvidos. (adoro isso)
Espero conseguir fazer um vestido lindo para a ocasião, afinal, será minha ultima irmã a se casar. Felicidades para ela.
Ah, vocês desculpem pelo fato de algumas palavras saírem sem o acento, estou em casa no notebook e odeio ficar procurando os acentos neste teclado que não gosta de mim. Acho que tenho bloqueio neste ponto, não me ajeito com teclado de notebook, seja ele qual for e como estou cansadissima (tive filho doente, com a famigerada virose, este final de semana) quase não dormi, e agora, neste exato momento estou me questionando se quero ir dormir ou não porque os sons do sono do meu marido estão chegando até a mim. (ninguém merece). O tratamento para isso resolve? Estou precisando porque só se consegue dormir com um som desses se estiver morto ou a beira disso. Aff.
Amo meu marido, mas não suporto roncos, nem funga funga de respiração, se minha avó estivesse viva elas com certeza, lhes diria que sou a neta mais impiedosa desta terra. Coitada.
Preciso ir.
Isto é tudo pessoal.
Bjks.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Feliz ano novo!

Olá, amigos e amigas, queria muito dar-lhes um feliz ano novo mas, como sempre, a correria tem sido grande em virtude do balanço anual da empresa.
Bem, cá estou com minha listinhas de coisas para fazer em 2011, inclusive dar um jeito de trabalhar menos, sei que são projetos e se conseguir realizar uns 30% dos meus anseios já vou considerar um sucesso, porque em vida corrida o tempo passa e quando menos se espera - zap!- olha aí festejando um novo ano.
Quero felicitar e desejar amor, paz, harmonia o suficientes para todos, tendo essas coisas conosco ser feliz é uma consequência. Também quero deixar aqui para vocês um conselho, uma dica, uma sugestão, enfim, desejo muito que recebam o que vou dizer:
Neste ano livrem-se de todo sentimento ruim abrigado em seus corações, varram para fora de suas vidas toda mágoa, toda raiva, toda a amargura e principalmente o rancor.
O ser humano é rancoroso por natureza e está aí o nosso "calcanhar de Aquiles", assim somos alvos facéis para o ódio e afastamos a provável  felicidade das nossas vidas.
O rancor é um predador, disseca a nossa alma, sufoca a nossa vida, apaga a nossa luz e não nos permite degustar os prazeres simples que a vida nos oferece tirando a nossa capacidade de ver além, de ir além, de perseguir nossas metas , de alcançarmos nossos objetivos. Ele alimenta o ódio, nos faz desejar ferir o outro, porque rancor é sempre por uma pessoa, não se ouve falar que se tem rancor de um carro, de uma casa, sempre o temos de nossos semelhantes.No entanto, é possível exorcizar tal sentimento e alcançar a paz e principalmente o perdão.
Já tive muito rancor de uma pessoa,  a tal ponto que não podia nem ver um carro igual ao que ela tinha que me estremecia , tudo começou pelo fato dessa pessoa me rejeitar sem motivo, a rejeição foi tanta que fez nascer esse sentimento e ele perdurou em mim por alguns anos e as vezes, vinha a tona inesperadamente em formas de ironias ou ataques raivosos e quando isso acontecia, devastava meu corpo, tinha dores estomacal, insônia, falta de ar, era horrível. Foi aí que resolvi por um ponto final naquela situação e busquei uma maneira.
Resolvi alterar meu comportamento, porque como ela fazia parte do meu convívio, era necessário para que eu tivesse paz, para que vivesse melhor. Comecei a fazer gentilezas para essa pessoa,  a princípio não foi fácil queria me rebelar com a idéia mas esforcei e percebi que dia após dia aquele sentimento minguava no meu peito, tive recaídas sim, inúmeras, porque todo aprendizado é assim, mas consegui acabar com o rancor do meu coração. Hoje convivemos civilizadamente e eu consegui paz de espírito
O que estou dizendo é que só se é feliz realmente quando conseguimos nos perdoar primeiramente e assim perdoar os outros, como isso afeta sua vida,  e sempre afeta, a única saída é se livrar dele. Não é fácil, não mesmo, porque toda mudança não é, mas, é possível. Não importa o tempo que levar, nem quantas recaídas tiver, mas com treino se consegue, daí ficamos tão treinados que quando uma ação que trará ódio e rancor vir em nossa direção, deixaremos que transpasse, conseguiremos ignorá-la. A recompensa virá na forma de paz, tranquilidade, bem estar consigo mesmo, afinal se você não odeia você não sofre.
Não é fazer papel de bobo, não é ser falso, é se desviar do que faz mal dando oportunidade para seu coração olhar para o outro lado e não gastar energia com algo que não faz bem. Faça isso, se você guarda rancor de alguém mas foi você que magoou e se afastou, aproxime-se, peça perdão e também se perdoe, é errando que aprendemos,  permita que a liberdade desse ato lave o mal de seu coração, liberte-se, respire novamente, cresça como pessoa, avance, porque odiar é estagnar na vida. Caso alguém te magoou, questione-se se guardar tal sentimento vale a pena, no que aquilo te afeta, qual a importância dessa pessoa na sua vida, e perdoe-se e perdoe esse alguém também e sinta na sua vida o efeito disso mesmo que ele seja entre você e você. O poder dele dissipará  todo o rancor acumulado, acabará com o ódio e livrará a sua vida desse tropeço dando a oportunidade de correr livremente em busca do equilíbrio pessoal.
Faça isso esse ano talvez agora seja o seu tempo.  Você verá que para tudo tem um fim e que todo final é um início.
Vá lá. Vai ser feliz.
Um grande beijo.