terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Talvez...


 

Eis a candeia acesa...onde estará escuridão ?

Talvez apenas alguns passos daqui.

Eis o piano calado... Onde estará canção ?

Talvez calada nas pontas dos dedos ...

Esquecida na garganta de alguém...

 

Eis o pranto escorrendo ...onde estarás  alegria ?

Talvez não longe mas impossível de apalpar...

Eis o brado de angústia... Onde estará felicidade ?

Talvez no umbral da porta de outrém...

Implorando morada, implorando morar...

 

Eis a chuva caindo... Onde estará Sol ?

Talvez não longe, inibido pelas águas...

Eis o coração batendo... Onde estará Amor ?

Talvez em algum lugar distante...

Esquecido do instante que me fez chorar.

 

Foi embora sem receios, tudo fica no lugar

O tempo passando e eu ficando

Na amargura do destino

Na agonia do esperar.

 

Eis o desespero...onde estará o alívio ?

Não longe, talvez...

Empreendedorismo Rosa

 
 
Desde os tempos da nossa avó, para não dizer antes ainda, a mulher empreendia, administrava, coordenava uma casa, seus empregados e tudo o que envolvia isso na época, e claro, não era reconhecida,  mas hoje se fala abertamente sobre isso.
Hoje podemos dizer não ou sim quando queremos, opinar, votar, trabalhar fora de casa e vencer nesse feito sem que sejamos açoitadas, escomungadas, banidas, presas, taxadas de coisas intraduzíveis aqui, porque com a nossa praticidade e perseverança somado ao senso crítico, tivemos força e objetivo e conquistamos tais direitos.
Sei que você está entendendo perfeitamente o que digo, sabe o que é ser mulher nos dias de hoje e  tem ideia do que foi ser mulher no passado.
Isso é uma oportunidade sem igual: ser livre hoje. É um legado das nossas antepassadas banhado de lágrimas e até mesmo de sangue, então, quando se desanimar e supor que não tem mais saída, que sua vida é uma porcaria e partir para as lamúrias, lembre-se delas, dessas guerreiras que lhe deu essa opotunidade de ser mulher, ser livre, respeitada e fazer a diferença, delas que chacoalharam as estruturas, rasgaram o seus aventais, desfizeram seus penteados impecáveis e chafurnaram  nas águas turvas do preconceito, encararam de frente o machismo e tudo por nós, por você, porque elas mesmos quase não usufruíram do que conquistaram, mas pensaram em quem vinham depois delas, e, isso foi de um altruísmo sem fim, de nobreza inegualável.
Hoje somos reconhecidas, ouvidas e respeitadas, temos poder, o famoso poder feminino em todos os sentidos e é fato que ainda há muito o que se desbravar para atingirmos igualdade total, mas sinceramente, se essa igualdade  não vir para nós, virá para as nossas filhas e isso é o mais importante, saber que todo o esforço e luta que teve hoje não ficará em vão.
Nós adquirimos direitos básicos e fizemos tais direitro frutificar e agora além de participar ativamente de toda estrutura sócio economica podemos empreender, gerar empregos, gerenciar e fazer a diferença no mercado.
Se você é uma dessas, como eu, como muitas, ou uma aspirante e necessita de informações pertinentes ao empreendedorismo feminino acesse o site www.empreendedorismorosa.com.br, uma  iniciativa de um grupo de mulheres que pensaram em facilitar a vida da mulher que quer ser dona do proprio negócio.
Lá você vai encontrar informações, dicas, depoimentos de mulheres poderosas e batalhadoras que viram o seu projeto ganhar forma e estão felizes com os resultados obtidos.
Com certeza você vai se sentir em casa.
Acesse e prestigie mais essa conquista feminina!
 

Imobilidade



 

Sinto minhas entranhas se congelarem

E depois derreterem, a água gelada

Verte do meu ser, correndo livre

Um rio caudaloso, levando, lavando

Limpando toda a essência do viver.

 

Pareço uma velha árvore retorcida,

Ressequida, encarquilhada, corroída,

Carcomida de cupim, quase morta,

Onde nem mesmo a seiva da chuva

Um socorro presto, um intensivo

É capaz de mudar, alterar a sua massa,

O peso dos anos, a velhice de suas raízes.

 

Ainda falta para a velhice

Mas ao nascer se começa envelhecer

Uns antes, outros depois, sem ordem

Nunca o sempre, nunca eterno.

 

Estou sim envelhecida nesta mesmice

Olhando o tempo passar sem fazer uso dele

Apática, fraca, desanimada,

Os dias me carregando lentamente

Para a imobilidade absorta e sufocante

Na asfixiante decadência do imóvel

E me sinto um ser morto e velho,

Neste terrível comodismo.