A vida é finita e disso sabemos, o que não sabemos, nem sequer imaginamos, é de como será esse ponto final.
Será que num dia de chuva? Será que num dia lindo com céu de primavera? Em casa sozinho? Na cama de um hospital? Na ponta de um bisturi? No caminho para a casa? No estalar de um gatilho? Num avião ou navio? Atravessando uma rua? Longe ou perto de casa? Dentro do nosso carro? Se feliz ou triste? Preocupado ou raivoso? Doente ou são? Enfim, é uma pergunta que nunca se cala mas que sua resposta está a mercê do acaso.
E como seria morrer? Será que se sabe que morreu ou leva tempo para se acostumar? Fica-se por aqui ou tem algum lugar especial para as almas? Será que existe vida pós morte, ou se morre e pronto, tudo se finda? Os religiosos estão certos sobre a vida e a morte? Ninguém volta para dizer como é.
O que realmente se sabe é que quando esse dia chegar muitas coisas ficarão aqui, muitas tarefas inacabadas, palavras não ditas, amores não vividos, contas por pagar, a toalha sobre a cama, o chinelo no canto do quarto, as roupas dentro do armário, os planos para o amanhã, o rastro do perfume, o eco da voz, as fotografias e uma reputação, tudo fica quando o fôlego cessa.
Se amou e foi amado a dor da ausência nunca se aplaca; se foi bom e ensinou isso seu legado continuará por aqui; se foi o contrário, sua partida será um alívio e sua lembrança logo esquecida.
Morrer é a única certeza que se tem em vida. Quando se nasce já começa a jornada para a morte, se ela virá inesperada ou com dor não se sabe, mas ela virá, e, quando isso acontecer faça votos para que te encontre com a vida pronta , com o coração leve, com as pendengas resolvidas, os perdões concedidos, porque quando ela vir não vai lher sobrar tempo para nada.
Sua passagem por aqui começa então a ser apagada, a ser esquecida, é natural, a vida continua para os que ficaram. Eles vão chorar e lamentar um pouco mas vão se acostumar com sua ausência e logo serás apenas uma lembrança, uma imagem desbotada com o decorrer dos anos.
Agora é você, com suas atitudes e crenças, que determina hoje qual lembrança, qual imagem deixará quando sua luz se apagar.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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Boas lembranças permanecem. A amizade verdadeira que conseguimos conquistar também fica. Na imensa colcha de retalhos que vamos tecndo em nossa vida, ficam os quadradinhos mais felizes.
ResponderExcluirbjs
Olá, Semika... tudo bem?
ResponderExcluirOlha, estou passando aqui pra dizer que gostei muito do seu Blog.
Parabéns pelo trabalho, pelo bom gosto, conteúdo e por sua sensibilidade.
Estou seguindo.
Saudações,
EDU (http://edurjedu.blogspot.com)