Viver não é difícil... Deveria ser simples, mas temos
o dom de complicar tudo.
Viver é simplificar, é libertar, é amar, porque tudo,
mas tudo mesmo nesta vida é uma troca, é reciprocidade.
Tem pessoas que passa a vida se escondendo da vida,
tem medo de vivenciar coisas embora diga que não. Vive rodeada de pessoas e é tão
solitária e vazia que dá pena, isso porque não se desprende do orgulho,
acredita que mostrar-se forte é esconder possíveis sentimentos. Nunca permite que
alguém olhe pra dentro, nem mesmo ela se olha e seus relacionamentos tendem a
ser duradouros, porém superficiais, um faz de conta sem fim.
Essas pessoas sofrem muito, na maioria das vezes são
amarguradas porque não tem o Sol da leveza para iluminar sua vida e, onde o
essa luz não toca cresce a escuridão de sentimentos ruins e sombrias
incertezas.
Geralmente são consumistas ao extremo ou completamente
rígidas com as finanças, uma compensação ou autopunição; vivem atoladas em
trabalhos, definhando em empregos insatisfatórios porque tem medo de enxergar
além do círculo de conforto.
Amar uma pessoa assim é quase impossível porque elas
não deixam serem tocadas por sentimentos mais fortes e arrebatadores, exceto a
raiva e rancor, e seus relacionamentos,
seja qual for, são baseados em trocas materiais. São pessoas cativantes a
princípio, mas não conseguem manter isso por muito tempo porque no final a
amargura que carrega consegue contaminar tudo a sua volta.
Podem ter o melhor salário, cursado a melhor
faculdade, o carro mais top de todos, no entanto, a sensação de incompletude permanece
então, a busca de prazeres rápidos vira um vício, é o reflexo de seu interior
desestruturado e embora sofra jamais pede ajuda.
Ela nunca conversa sobre assuntos sérios e complexos
se podem levar a introspecção, raramente ouve conselhos, nem a família consegue
ajudá-la porque ela insiste em continuar cega e irredutível na sua jornada
autodestrutiva, esquecendo que tem que se permitir para ser feliz e que isso é
estado interior, e como o camaleão, desfazer-se da casca que não lhe serve mais
e se renovar.
Enfim, os anos passam, a vida segue e então ela se vê
na velhice e lá, com a sapiência da idade, verá que tudo poderia ter sido
diferente se tivesse curvado diante do mais nobre e sábio sentimento: a
humildade. Só que agora o tempo passou e é tarde demais e a morte certeira virá.
Uma vida inteira desperdiçada por um sentimento de orgulho inútil quando exagerado,
o que resta agora é a sensação de fracasso sentida nos ossos enfraquecidos e no
coração que ainda continua solitário.
Bela postagem, Semika!
ResponderExcluirNascer não é opção. Morrer é uma certeza. Viver é uma escolha. Anular a vida é uma tolice. O hoje, na verdade, é tudo o que temos para o dia.
http://jefhcardoso.blogspot.com lhe convida e espera para ler e comentar “O Grande Circo Nonsesense – Vila Abranches”. Abraço.